terça-feira, dezembro 27, 2005

o Poder de poder

Um olhar mais atento pelo Poder omnipresente deixa a sensação de desprendimento, de existência de uma atitude de desprezo e aversão pelas “regras” instituídas para uso da autoridade. Abaixo os protocolos. Uma quasi maneira de encarar o Poder em versão ultra-light.
Uma vacuidade. Ou um Não-Poder. Quem sabe, gritos ao anti-sistema.

Mas será que é mesmo assim?
É que quando:
quem têm o Poder para decidir a compra de uma viatura escolhe a gama média/alta ou alta para seu uso, quando se podia optar por uma a metade do preço, ao mesmo tempo que aos trabalhadores autárquicos é-lhes oferecida um camioneta para os levar e trazer do local de emprego (a mesma que vai servir para outros trabalhos).
têm o Poder de decidir a escolha de telemóveis topo de gama, quando se podia optar por uns mais baratos.
recebem a totalidade das reformas estatais, por sinal bem chorudas, quando podiam doar metade das mesmas para uma instituição de solidariedade.
Para estes simples exemplos, já não há manifestação explicita e intransigente de defesa das igualdades, nem o desprezo e aversão pelas “regras" instituídas.
Mas assim não há espírito de Natal.