sexta-feira, fevereiro 24, 2006

eleger com mais verdade

Diz-se que a Câmara Municipal é um órgão colegial. Para a sua eleição são elaboradas listas. O primeiro eleitor da lista mais votada é o presidente.
Por vezes as negociações e os arranjos partidários conduzem às listas pessoas que não são verdadeiramente compatíveis entre si.
Acontece porém, que os vereadores ao serem eleitos passam na prática a “ajudantes” do presidente. A concertação colegial é banida da praxis gestionária.
Por vezes ocorrem incompatibilidades, no decurso do mandato, entre o presidente e os seus vereadores. Por vezes os vereadores perdem a confiança política do verdadeiro e seu boss. Nesses casos os vereadores passam a "independentes".
Por aqui se pode aferir a capacidade de gestão colegial que é possível praticar.
Numa próxima revisão das leis eleitorais dever-se-á acabar com este sistema e erigir um semelhante ao que ocorre para a eleição dos governos da república.
O eleitor que encabeça a lista mais votada é convidado a formar o governo autárquico, sendo da sua responsabilidade directa a escolhas dos seus “ajudantes”.
Quando não se “portarem” bem o presidente pura e simplesmente dispensa-os convidando outra(s) pessoa(s) para o(s) lugar(es) deixado(s) vago(s).
Assim, terminar-se-á com a hipocrisia da governação participada e colectiva, uma vez que todos sabemos que o presidente manda e os “seus” vereradores abanam a cabeça.