quarta-feira, novembro 30, 2005

a união faz a força para um futuro melhor

Como fica claro, desta fusão de concelhos (e freguesias) o distrito passaria dos actuais 15 para apenas 4 concelhos. O mesmo será dizer: de 15 magníficos ordenados presidenciais para apenas 4. E depois as “cortes” de vereadores, e chefes de gabinetes, e adjuntos, e secretários-políticos, e secretárias, e motoristas, seriam significativamente reduzidas. Tal como todas despesas associadas à sua existência.

As freguesias seriam igualmente agregadas o que permitiria reduzir o número de autarcas, poupando-se dinheiro e ganhando-se eficácia.

Mas o que verdadeiramente interessa é constatar que um concelho de 24 ou 35 mil habitantes tem um peso político e reivindicativo muito maior do que outro de uns magros 3 mil.

Deixando para trás atávicos sentimentos eminentemente materialistas e clientelismos impensáveis numa qualquer sociedade culta, é urgente maximizar capacidades de estratégia, gestão e liderança.
Só assim é possível avançar para um futuro melhor!
Depois, que diferenças culturais, ou outras, existem entre os habitantes do concelho de Avis e de Ponte de Sôr ou de Alter do Chão, de Fronteira e Sousel, que possam ditar rivalidades inconciliáveis?

Seria talvez o princípio para uma melhor Regionalização: feita de baixo para cima! Tal qual se constrói uma casa!

terça-feira, novembro 29, 2005

o futuro passará por isto?

Ditado conhecido dita: a união faz a força. Daí já se falar, e parece que há quem estude uma profunda reorganização administrativa do país. A ideia é simples, mas o processo será complicado: reduzir o número de freguesias (actualmente mais de 4000) e, porque não, de concelhos (hoje 308).
A propósito, olhemos o distrito de Portalegre: 122 mil e poucos habitantes. Quinze concelhos. Com pouco mais de 3 mil almas são 8, mais de metade dos 15 que compõem o distrito. Portalegre é o concelho mais populoso: 24.929 (Censos 2001).

Vejamos uma hipotética reorganização político-administrativa, cuja configuração poderia passar por:
1 - Alter do Chão + Avis + Fronteira + Ponte de Sôr + Sousel = 35.478 habitantes
2 - Crato + Gavião + Nisa + Castelo de Vide + Marvão = 24.360 habitantes
3 - Arronches + Monforte + Campo Maior + Elvas = 37.619 habitantes
4 - Portalegre = 24. 929 habitantes
Hipótese a pensar?

segunda-feira, novembro 28, 2005

que futuro?

Que futuro estamos a construir para as crianças de hoje, homens e mulheres de amanhã?
Se alguém com 20 e poucos anos, graduado por uma boa universidade portuguesa, quisesse vir viver para Avis, em que domínios do conhecimento científico deveria estar especializado? E noutros domínios da actividade económica especializada?
Perguntas difíceis para uma não-resposta.
Parece que do mesmo, duma não-resposta, procuram os Amigos de Aviz com o Ciclo de Conferências «Aviz Século XXI».
Não vale a pena, porque não temos solução. Foi certamente este o pensamento e o olhar do fotógrafo premiado no concurso com o mesmo título: um futuro congelado!

quinta-feira, novembro 24, 2005

vida negra - portugal rural (III)

A negridão do país rural passa por indicadores como este: a população empregue no Sector Primário no concelho de Avis era em 2001 19%. Em Portugal era 5%.
Este sector da actividade económica é o que gera menos valor acrescentado. O concelho de Avis ainda têm cerca de 20% da sua população dele dependente. O peso deste factor no cômputo geral da constituição da riqueza do concelho é muito elevado, o que induz directa e negativamente a mesma.
Observar estes números e reflectir sobre o seu significado só nos pode deixar muito tristes!

segunda-feira, novembro 21, 2005

na era do slogan

As autarquias locais, na sua grande maioria, lembraram-se, ou lembraram-lhes, de aderir à moda dos slogan publicitários, e dando largas à sua imaginação, os criativos de algumas autarquias alentejanas começaram a criar e criaram:

Um Concelho que Cresce!
Energia para Crescer
Um Concelho em Movimento
Um ConSelho de Qualidade
Município de História Viva
Uma Cidade Monumental
Um Concelho no Rumo Certo

Com tanto crescimento, tanto movimento, qualidade, tanta energia e sempre no rumo certo, é caso para perguntar: afinal onde fica o Alentejo que estes municípios apregoam?

quinta-feira, novembro 17, 2005

...e este também é o nosso tempo

[MAR NOVO, 1958]

«Este é o tempo...»

Este é o tempo
Da selva mais obscura

Até o ar azul se tornou grades
E a luz do sol se tornou impura

Esta é a noite
Densa de chacais
Pesada de amargura

Este é o tempo em que os homens renunciam.

Sophia de Mello Breyner Andresen

segunda-feira, novembro 14, 2005

inteligência q.b.

O Poder Político não precisa, nem precisou, de ser muito esperto para conquistar e manter o poder em Avis.
A oposição (não as estafadas e patéticas oposições, sempre ressuscitadas em épocas eleitorais e em estado cadavérico, já se vê!) só precisa de inteligência q.b. para o conquistar já em 2009.

sábado, novembro 12, 2005

listas e nomes

A Santa Casa da Misericórdia de Avis vai eleger os seus Corpos Sociais. É no final do presente mês. Já se ouve falar em listas e nalguns nomes. Têm sido uma instituição, sempre que vai a votos, muito disputada. A última até foi muito renhida.
No entanto, as gestões continuam a ser muitas vezes criticadas. Algumas têm dispendido mais energias em assuntos marginais do que naquilo que verdadeiramente interessa: a qualidade de vida dos idosos à sua guarda!
Por detrás das movimentações, estão os interesses partidários em "dominar" mais uma instituição do concelho - PS vs PSD.
Guerras e guerrinhas de poder, para afinal ficar tudo na mesma!
E a culpa só pode ser assacada aos dirigentes políticos locais. A alguns, porque o PC de Avis, o que não se compreende, até hoje nunca mostrou vontade em meter lá o "seu" Provedor. Porque será?

segunda-feira, novembro 07, 2005

retrato (colectivo)

(...) Este país triste é o país do fado, que canta a dor, o passado, a impotência, o choro, a desgraça, a traição e a facada. O ressurgimento do fado com as roupagens «modernas», interpretado pelas Marizas, Mísias ou Kátias Guerreiro, é mais um sintoma da decadência colectiva de um povo que em vez de olhar para a frente teima em se virar para trás, cultivando a saudade e ostentando um estranho orgulho em ser escravo da fatalidade e prisioneiro do destino.(...)
Jorge Fiel, Expresso, 29.10.2005

quinta-feira, novembro 03, 2005

desafios público vs privado

Na outrora Barragem Velha, hoje Clube Náutico de Avis, está em vias de ser concluído um conjunto de beneficiações que vão potenciar aquele espaço de lazer. É um dos pontos fortes do concelho de Avis, não haja dúvidas! Só peca por tardio!
Aliás O Maranhão já o tinha referido, tão oportuno quanto pertinaz na apreciação que faz ao modelo de gestão do Parque de Campismo. (abrancoepreto agradece ao Maranhão a nota de boas vindas).
Acontece que agora basta de reclamar da C.M. de Avis para investir ali, é preciso que a iniciativa privada ali instalada responda ao repto qualitativo deixado pela autarquia.
Água Doce, bar e restaurante, sabe fazer bem e certamente que não irá desiludir quem ali aportar.

terça-feira, novembro 01, 2005

mas que mudança?

O poder politico autárquico do concelho de Avis em trinta anos sempre geriu em função dos seus próprios atrasos: parque de campismo, infra-estruturas básicas em loteamentos e loteamentos para habitação. Atrasos de 10 a 15 anos.
No dia-a-dia tudo na mesma!
Ninguém se queixou!
Agora eis uma gestão de futuros longínquos: edifício sede e forum cultural.Dois exemplos. Qualquer destes projectos, pela sua grandeza e investimentos associados, nunca estarão prontos antes de passados 10 a 15 anos.
E no dia-a-dia tudo na mesma!
Ninguém se queixa!
Será uma gestão de mudança ou uma mudança de gestão?